Gestão financeira hospitalar: Conheça os 10 pilares da eficiência

A gestão financeira hospitalar é um conjunto de medidas e processos fundamentais para eficiência e sustentabilidade das instituições de saúde. Controlar gastos e receitas, negociar valores e prazos, reduzir custos e buscar por melhorias são apenas alguns dos desafios que estão envolvidos nesse setor. Ter estratégias para essa gestão é fundamental para bons resultados!  

Com tantos desafios no setor financeiro dos hospitais, reunimos alguns pilares que vão fazer toda a diferença para sua gestão. Acompanhe! 

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1. Plano orçamentário 

Não tem como falar de gestão sem falar em planejamento, em qualquer que seja a área e atividade, não é mesmo? Por isso, o primeiro pilar para uma boa gestão é a elaboração de um orçamento detalhado do negócio. 

O plano orçamentário é a base da gestão hospitalar e ele estabelece previsão de receitas, despesas, investimentos e custos operacionais, por exemplo. 

Com ele, passa a ser possível estabelecer metas, alocar recursos e definir prioridades a partir de uma visão clara do que realmente está acontecendo na instituição. 

2. Previsibilidade de receita 

Para uma gestão segura dos recursos, é preciso entender o potencial de recebimentos da instituição. Analise a sua capacidade de produção combinada aos acordos comerciais vigentes, ao prazo médio de recebimento e aos índices de inadimplência.  

A busca por agilidade nos processos de faturamento e redução de glosas também é fundamental para mitigar erros na projeção de caixa.  

Ainda que seja um desafio, ter uma previsão de receita auxilia o hospital a tomar suas decisões e isso envolve acompanhamento das fontes de receita, pagamentos e, claro, ajuda da tecnologia. 

Leia também: 5 oportunidades de melhoria no faturamento de contas médicas 

3. Gestão de estoque 

O controle de estoque impacta diretamente os custos e lidar bem com ele é crucial para uma boa gestão financeira hospitalar. É preciso trabalhar para que não faltem itens, mas também para que eles nunca sobrem no ambiente. Mais do que isso, ter visão sobre fornecedores, preços atrativos e boas negociações para seus insumos. 

Tenha políticas de compra estabelecidas, conheça histórico, conte com sistemas de gerenciamento e nunca se esqueça que estoque é dinheiro. 

4. Apuração de custos 

Os custos dos hospitais variam dentro de cada setor e procedimento e é fundamental conhecê-los, identificá-los e classificá-los para que eles não se tornem um problema a cada mês. 

Devem estar mapeados tanto os custos diretos da prestação de serviços, como materiais, medicamentos e honorários médicos, quanto os custos indiretos, como salários administrativos e contas de energia e aluguel. 

Sabendo o que acontece no negócio é que é possível apurar precisamente seus custos para que a definição de preços seja feita de forma correta. 

5. Negociação com as fontes pagadoras 

É essencial estudar e propor melhores margens de rentabilidade junto às operadoras, seguradoras e quaisquer que sejam as fontes pagadoras do negócio.  

Outro ponto importante é a negociação dos prazos de faturamento e pagamento. É comum que ocorram atrasos por parte das operadoras e o hospital não pode ser refém desse problema, portanto planejamento e negociação são fundamentais. 

6. Modelos de remuneração 

Não existe regra para escolher o melhor modelo de remuneração, sendo possível combiná-los para melhor adequação à realidade de cada hospital.  

Embora o modelo Fee For Service seja o mais tradicional, existem diversas desvantagens em empregá-lo, como o estímulo aos desperdícios e o desgaste operacional para controlar as contas. 

Outras modalidades como Capitation, Diárias Globais, Pacotes e Bundled Services devem ser estudadas para garantir receitas estáveis e alinhadas com os objetivos financeiros do hospital. 

7. Auditoria das contas hospitalares 

Para que nada saia do controle é importante estar em constante verificação e as auditorias são processos para identificar conformidade, erros e necessidades de mudanças de procedimentos. 

As auditorias internas são capazes de identificar possíveis irregularidades e fraudes no faturamento, tais como cobranças indevidas, erros na codificação de procedimentos, entre outros. 

8. Transmissão das informações 

A comunicação entre o prestador de serviços e a fonte pagadora também é parte fundamental da gestão financeira hospitalar.  

Há um volume grande de informações a serem transmitidas desde a entrada do paciente no hospital, como consultas de elegibilidade, autorização de procedimentos, guias, relatórios médicos e faturas. 

Estabelecer processos e boas práticas de comunicação evita erros, mantém transparência e a conformidade regulatória. 

9. Controle de inadimplência 

Assim como as glosas são um problema para o hospital, as inadimplências também causam grandes danos ao caixa. Portanto, é fundamental ter estratégias para reduzir atrasos ou negativas nos recebimentos. 

Avalie os riscos de cada fonte pagadora, analisando o volume de beneficiários atendidos em relação ao histórico de receitas geradas, para definir se é interessante ou não para o hospital manter esta parceria.  

Leia também: Entenda e solucione os motivos de glosa mais comuns 

10. Transformação digital 

A transformação digital está revolucionando a gestão financeira hospitalar e é preciso que a tecnologia seja aliada do seu ambiente. Invista em ferramentas e soluções que digitalizem, gerenciem e otimizem o ciclo de receita. Assim, o hospital ganha em sistemas de informação avançados e análise de dados para melhorar a eficiência, precisão e a tomada de decisões financeiras. 

Integrar processos, ferramentas e tecnologias é um passo fundamental para aprimorar o desempenho do seu hospital, impulsionando a saúde financeira e a qualidade dos serviços oferecidos aos pacientes. 

Como seu negócio está olhando para a gestão financeira? Aproveite que conhece mais sobre o tema, implemente os pilares e saiba como a tecnologia vai te ajudar