I. Inteligência artificial: GPT3 e máquinas que agem

por Rafael Barbosa, CEO da Bionexo

Imagino que à esta altura seu feed já deve ter sido inundado sobre a viralização de um novo chat baseado em inteligência artificial que potencialmente poderia desbancar o Google. Se nunca ouviu falar, corre aqui para conhecer um pouco mais.

Se o Google tem como missão “organizar as informações disponíveis no mundo e  torná-las acessíveis e úteis para todas as pessoas”, o Chat GPT3, além de organizar e tornar acessível é inteligentemente gentil para entregar-te o conhecimento disponibilizado no mundo de forma elegante, estruturada e conversacional. 

Dito isso, implicações para o setor de saúde são imensas. Um artigo recente mostrou que o chat é capaz de ser aprovado, ou quase aprovado, nas três principais provas de exame para se tornar médico nos Estado Unidos, sem nenhum treinamento prévio. Imagine OAB, né?

Portanto, não será mais necessário uma ferramenta especializada em medicina para apoio à decisão médica, pois ela se auto especializa, e rápido. Alô aplicações de telemedicina e apoio à decisão clínica, talvez seja melhor gastar tempo preparando uma API do que investir em inteligência proprietária. 

Mas claro que inteligência artificial aplicada vai muito além deste Chat, um dos exemplos é a dimensão da tecnologia artificial generativa, ou seja, aquele campo de estudo e aplicação da tecnologia que trabalha na elaboração de novas informações e artefatos através de redes como as convolucionais ou neurais recorrentes. 

Essas tecnologias podem acelerar sobremaneira a modelagem para criação de novas drogas, encurtando muito os processos de teste não laboratoriais, além de músicas e artes plásticas, mas estas últimas aplicações são menos relevantes aqui.

Leia a sequência de artigos:

II. Fusões e consolidações: O abismo entre a planilha e a sinergia na prática

III. Piso da enfermagem, tributos e relação com operadoras

IV. Mar revolto para tech: um novo setup para healthtechs

V. Tudo novo de novo: o que será do SUS?