Gestão hospitalar eficiente: Estratégias ABC, XYZ, PQR e 1,2,3 para excelência no atendimento

Em um contexto tão crítico quanto o da saúde, a gestão de estoques em hospitais desempenha um papel importante para assegurar um atendimento impecável aos pacientes. 

Neste artigo, vamos entender como as curvas ABC, XYZ, PQR e 1,2,3 são fundamentais para estabelecer uma política de estoque eficiente em ambientes hospitalares. Para os gestores de suprimentos hospitalares, compreender e aplicar essas curvas é a chave para otimizar a logística, reduzir custos e, o mais importante, garantir que os recursos necessários estejam sempre disponíveis sempre que necessário. 

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1. Curva ABC (Valor): Priorizando recursos com sabedoria 

A curva ABC classifica os itens do estoque hospitalar com base em seu valor. Itens de alto valor financeiro, pertencentes à categoria “A,” merecem uma atenção especial. A gestão desses itens deve ser rigorosa para evitar qualquer possibilidade de escassez. Itens de valor intermediário (“B”) e baixo (“C”) podem ser gerenciados com mais flexibilidade. Reduzir estoques desnecessários de itens “B” e “C” pode liberar recursos valiosos para investimentos em áreas críticas, ao mesmo tempo em que se mantém um estoque seguro de itens “A.” 

2. Curva XYZ (Criticidade para operação): Prioridade no atendimento aos pacientes 

A curva XYZ classifica os itens com base em sua criticidade para a operação hospitalar. Itens “X” são considerados críticos e essenciais para manter os procedimentos médicos em andamento. Eles nunca devem faltar no estoque, e os gestores devem dedicar atenção especial à sua gestão. Itens “Y” possuem uma importância média e podem ser gerenciados de forma mais flexível, enquanto itens “Z” são menos críticos e podem ter níveis de estoque mais baixos. Priorizar a disponibilidade dos itens “X” é vital para garantir um atendimento de alta qualidade aos pacientes. 

3. Curva PQR (Frequência): Minimizando desperdícios e custos 

A curva PQR classifica os itens de estoque com base em sua frequência de uso. Itens de alta demanda, representados pela categoria “P,” devem ser mantidos em estoques adequados para atender às necessidades diárias do hospital. Itens de demanda média (“Q”) podem ser gerenciados com um pouco mais de flexibilidade, enquanto itens de baixa demanda (“R”) requerem um controle mais rigoroso para evitar desperdícios de espaço e recursos. A adoção dessa abordagem ajuda a reduzir custos, garantindo que os recursos sejam alocados de forma eficiente. 

4. Curva 1,2,3 (Dificuldade de aquisição): Preparando-se para desafios 

A curva 1,2,3 classifica os itens de estoque com base em sua dificuldade de aquisição. Itens “1” são facilmente obtidos, enquanto itens “2” podem exigir um esforço maior. Itens “3” são os mais desafiadores de adquirir. Conhecer essa classificação permite que os gestores hospitalares estejam preparados para possíveis desafios na cadeia de suprimentos. Itens classificados como “3” podem requerer estratégias alternativas; por exemplo, estoques de segurança mais robustos ou fornecedores alternativos, para garantir sua disponibilidade quando necessário.

Em resumo, a utilização das curvas ABC, XYZ, PQR e 1,2,3 na gestão de estoques hospitalares é essencial para o sucesso das operações de saúde.  

Ao compreender e aplicar essas curvas de forma estratégica, os gestores de suprimentos hospitalares podem otimizar a logística, reduzir custos, minimizar desperdícios e, acima de tudo, assegurar um atendimento de alta qualidade aos pacientes. Essas ferramentas são um alicerce sólido, portanto, para a formulação de políticas de estoque que promovam a eficiência e a excelência em ambientes hospitalares.

Como sua instituição define e organiza as políticas de estoque e qual a periodicidade de atualização?  

Por Leandro dos Santos | LinkedIn   
Gerente Nacional de Vendas na Bionexo