por Redação Bionexo
Como a funcionalidade do CUB preenche importante lacuna, orienta e combina processos para a uniformização das nomenclaturas de materiais médicos, medicamentos e produtos, atrelados às soluções Bionexo.
Da formação do estoque ao faturamento nas instituições de saúde, um problema persiste. Seja no dia a dia dos prestadores de serviços médicos – hospitais, clínicas e laboratórios, ou na gama de fornecedores, a multiplicidade e o frequente desencontro na nomenclatura de itens, destinados aos procedimentos no setor, dificulta e rouba tempo e recursos, impossibilitando a boa conduta nos processos. Enquanto se discute a implantação ampla, geral e irrestrita da automação na intensa atividade que cuida de vidas, paradoxalmente uma questão ainda pede um desenrolar mais definitivo: padronização nas denominações de artigos para uso médico. Para fazer frente a essa necessidade surgiu o CUB – Cadastro Único Bionexo.
Auxiliar das ferramentas Bionexo, um amplo portfólio que destinado a todas as fases da gestão de processos na saúde, o CUB opera para minimizar o desencontro de denominações de medicamentos e materiais médicos, além de contribuir com o cadastro de OPMEs – Órteses, Próteses e Materiais Especiais – itens de alto custo que envolvem conjunto de insumos mais complexo.
Como surgiu? Por que é importante?
O CUB nasceu dentro da Bionexo para ser um facilitador, resolver internamente um problema que se difunde no mercado de saúde como um todo: a falta de padronização de cadastros, o que gera uma série de dificuldades em toda a cadeia de suprimentos do setor, em especial a comunicação em desalinho entre os elos dessa cadeia. O entrave respinga em todos os atores: fornecedores, hospitais, fontes pagadoras (convênios médicos), sem contar o retrabalho e improdutividade imposto em todo o processo.
Como esse cenário acaba refletindo para dentro da própria Bionexo, o CUB foi pensado para reduzir as distorções e os efeitos sobre os processos de compra e deter as interferências que prejudicam o bom andamento na gestão e no cruzamento de dados entre as soluções tecnológicas do portfólio da companhia.
“O CUB é uma espécie de entidade viva, pensada pela Bionexo para auxiliar nossos clientes, porque se mantém ativa e em permanente mudança e aperfeiçoamento”, comenta Ana Paula Costa, Product Manager na Bionexo.
E na prática, como funciona?
Um cadastro único não tem como finalidade apenas a uniformização da informação, ele precisa espelhar toda a dinâmica do mercado, dando conta da entrada de novos produtos e desativação de itens. Isso significa que pede atualização constante, tarefa a cargo de uma equipe dedicada na Bionexo, formada por profissionais técnicos com formações diversas – desde enfermeiros, farmacêuticos indo até fisioterapeutas e outras especialidades, que atuam diariamente na manutenção de dados, para que esse cadastro corresponda à realidade e ao ágil movimento da saúde.
O horizonte – no qual o CUB atua para conter desencontros – ainda é ofuscado porque não existe um especificador único, ou seja, cada hospital faz do seu jeito e usa o seu critério. A ausência de padrão não se restringe, portanto, aos nomes utilizados nos registros de medicamentos e materiais, mas também às metodologias aplicadas pelas organizações. Por exemplo, quando lançado um medicamento novo no mercado, o time do setor de suprimentos do hospital define comprar e cadastrar o produto no sistema interno, na configuração que considerar melhor e formato que esteja mais claro de acordo com o entendimento e padronização internos. Contudo, se observado outro hospital, o cadastro vai ser elaborado com denominações totalmente diferentes. Daí o descruzamento de dados. A falta de padronização e excesso de derivações de nomes, acaba fazendo com que o mesmo produto figure, dentro das instituições de saúde e igualmente entre os fornecedores, com identidades variadas.
A questão central é a ausência de um padrão único, oficial, que a ANVISA ou algum outro órgão de regulação recomende sobre uma forma unificada de especificar essas informações – o que ainda não é uma realidade. Nesse sentido, vale lembrar que o foco da ANVISA é estritamente técnico, o que garante que o produto obedeça as conformidades técnicas exigidas.
“Pegando um exemplo simples de um princípio ativo como a dipirona: dela deriva-se o termo Novalgina – nome comercial de um determinado fabricante, então um hospital pode usar a nomenclatura Dipirona, o outro Novalgina, num terceiro Dip.sódica, com abreviações. O resultado disso é que a conduta não uniforme compromete a comunicação entre esses elos da cadeia”, complementa Ana Paula.
Nesse contexto, encontram-se dificuldades também na hora de determinar quais produtos são similares e podem ser substituídos para determinada finalidade. Essa informação é de extrema importância pois, dá flexibilidade aos hospitais.
Reflexo sobre os resultados
Enquanto a Bionexo, via parâmetros do CUB, consegue encarar esse desafio, o mercado ainda não se mobiliza por aderir maior índice de padronização dos itens no ganho decorrente da uniformização. O que existe de concreto é a referência da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, que contempla só uma parte do fluxo e do faturamento do hospital, relação sensível entre prestadores de serviços da saúde e a fonte pagadora. Nessa etapa o interesse desponta, porque é mais perceptível o impacto sobre a receita.
A referência em questão chama-se tabela TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar), e define a codificação para produtos. Quando o hospital vai fechar a conta de um paciente que ele atendeu, precisa inserir os códigos TUSS na hora de enviar a fatura para a operadora. O que impede a aplicação dessa tabela oficial fora do escopo da cobrança/conta hospitalar? As inconsistências, sejam elas atualizações ou falta de produtos.
E na hora da compra, qual o impacto ?
Processos de compras sem padronização geram dores de cabeça adicionais para a ponta do abastecimento e até para as próprias comissões de padronização dos hospitais. Falta transparência ao que está disponível no mercado para comprar, ou seja, a distorção gera a invisibilidade do próprio produto e o time do hospital acaba ficando cego para a gama de opções, impedido de explorar o que o mercado tem a oferecer, no melhor custo/benefício, com melhor resultado para a instituição.
O CUB se tornou um vetor para as soluções Bionexo contribuírem de forma consistente nas informações geradas a partir de processos da saúde. Situação típica é a de um procedimento em OPME, a informação é compilada e enviada ao hospital, para reduzir a ocorrência de glosa por desencontro de dados. Além disso, no segmento de OPME há a questão da regulação sanitária – na escolha do produto o CUB aponta prazo de vencimento do item e se está ou não com o registro válido na ANVISA, dando ainda mais segurança e transparência no manejo desse tipo de produto.
Agora que você já conhece o CUB – Cadastro Único Bionexo, separamos abaixo boas práticas para que você passe a difundir informações padronizadas no dia a dia da sua instituição ou em troca de dados com parceiros de negócio.
- Evite abreviações;
- Elimine ao máximo reprocessamento de lista de medicamentos e materiais médicos;
- Uniformize nomenclaturas e procedimentos de entrada e saída (utilização) de itens;
- Capacite as comissões de padronização e compartilhe o máximo de informações atualizadas com seus integrantes;
- Automatize ao máximo as áreas da instituição para deter danos da falta de uniformização de dados.